‘Panspermia’: peça premiada revive o fatídico 2020 nesta sexta em Niterói

E se uma pessoa tivesse uma hora para tomar conhecimento de todo o ano de 2020? E se por todos os aparelhos, gadgets e novas mídias possíveis, a pandemia, a política, a violência, o entretenimento, tudo jorrasse num fluxo incontido de informação? E se essa pessoa não tivesse escape? Ela consumiria o noticiário ou seria consumida por ele?

O premiado monólogo “Panspermia” estreia nesta sexta-feira em Niterói e faz curtíssima temporada na cidade. O espetáculo terá duas sessões no Theatro Municipal de Niterói, nos dias 11 e 12 de novembro (sexta-feira e sábado), às 19h. Depois segue para a Scuola di Cultura (Av. Pres. Roosevelt nº 1.063, São Francisco), com sessões nos dias 18 e 19 (sexta-feira e sábado), às 20h, e no dia 20 (domingo) às 19h.

Professores das redes pública e privada de ensino têm entrada gratuita, bem como estudantes e professores de escolas de teatro e música da cidade. Basta levar um comprovante. Os ingressos custam um preço popular: no Municipal, R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Na Scuola di Cultura, R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).

O espetáculo é interpretado pelo ator Vitor Louzada (ator revelação do Prêmio Musical Rio 2018 e versionista premiado). O texto, composto exclusivamente com conteúdo jornalístico real, é da atriz, autora teatral e jornalista Cilene Guedes (Prêmio Myriam Muniz por “Jumbo”). A direção é da coreógrafa e diretora Sueli Guerra (“A Cor Púrpura”; “Bibi – uma vida em musical”). A eles uniu-se uma equipe de altíssima performance: Paulo César Medeiros (iluminação), Cacau Gondomar (produção), Gisele Batalha (cenário) e Patrícia Muniz (figurino).

O roteiro foi um dos ganhadores do Prêmio Erika Ferreira, concedido pela cidade de Niterói em 2020, durante a pandemia, a ideias criativas com alto potencial de impacto social. Em 2021, a peça foi montada com recursos da Lei Aldir Blanc e premiada como Ativo Cultural pela Secretaria de Culturas de Niterói. Esta temporada é viabilizada pela Lei de Incentivo Fiscal ISS/IPTU e tem apoio institucional da Fendercare.

O experimento radical põe o público diante de um personagem não identificado, o qual poderia ser qualquer um de nós. “Mesmo sem saber nada sobre o protagonista, todo mundo se identifica com suas reações afetivas e físicas ao jorro ininterrupto de notícias, todas reais e vividas por cada um de nós ao longo do ano de 2020”, afirma a autora.

PANSPERMIA – significado: explica a hipótese de que a vida existe em todo o Universo, distribuída por meteoros, asteroides e planetoides. Em suma ela propõe que seres vivos que podem sobreviver aos efeitos do espaço, ao estilo dos extremófilos ou tardígrados, ficam presos nos escombros que são ejetados ao espaço ou por colisões entre pequenos corpos do sistema estelar e planetas que abriguem vida, ou mesmo por catástrofes maiores de natureza similar. Os tardígrados ou similares viajariam dormentes nos destroços por um longo período de tempo antes destes colidirem aleatoriamente com outros planetas ou misturarem-se com discos protoplanetários de outros sistemas estelares.

EQUIPE
Vitor Louzada – Atuação
Sueli Guerra – Direção
Cilene Guedes – Idealização e dramaturgia
Cacau Gondomar – Direção de produção
Mônica Varella – Produção executiva
Paulo Cesar Medeiros – Iluminação
Patricia Muniz – Figurino
Gisele Batalha – Cenografia
André Poyart – Composição de trilha sonora original
Gabi Castro – Fotos
Guto Neto (Semear Filmes) e Gabriel Cooperman (Cuperman Produções) – Vídeo

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