A Prefeitura de Niterói, por meio da Secretaria de Cultura/FAN, e o Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB) vão fazer uma homenagem ao compositor niteroiense Márcio Proença – falecido no último 21 – no domingo, 28 de maio, às 11h, no Solar do Jambeiro.
Na ocasião, haverá a exibição do documentário Retrato Cantado, sobre a vida de Proença; além de uma benção seguida de palestra com filósofo e pastor Alexandre Cabral; e a apresentação de diversos músicos da cidade, como Alfredo Del Penho, Chico Batera, Marcus Lima, Guinga, Ricardo Gilli, Rosana Sabença, Andreia Carneiro, Mauro Costa Jr, Lê Santana, entre muitos outros.
Sobre o Documentário…
Produzido pela Carino Produções, em parceria com o selo Niterói Discos, o trabalho traz 10 composições jamais gravadas por Proença, com direito a solos exclusivos de 14 violões. O projeto, que contou também com o lançamento de um CD no Teatro Municipal de Niterói, faz uma justa homenagem ao grande compositor que teve temas cantados por nomes de peso da música brasileira como Gonzaguinha, Lucinha Lins, Beth Carvalho, Cauby Peixoto, entre muitos outros.
Márcio Proença…
Márcio Proença faleceu aos 73 anos, deixando uma legião de amigos e fãs, além do eterno respeito e carinho de sua cidade natal, Niterói (RJ). Atuante em vários movimentos ligados à MPB, notadamente nos anos 1970 e 80, deixou seu nome marcado em mais de 100 canções gravadas, por parceiros e amigos de toda a vida.
Vicente Márcio Proença Pereira, ou simplesmente Márcio Proença, nasceu em Niterói no ano de 1942. Autodidata em sua formação artística foi cantor e compositor apaixonado. No Colégio Militar Ginásio Barão de Paty do Alferes, onde foi estudar, acabou fazendo amizade com Gonzaguinha e o compositor Paulo Emílio, também alunos. Iniciou a carreira musical aos 17 anos de idade, teve seu primeiro registro como compositor com a gravação de sua canção “A palavra que ficou”, por Áurea Martins.
Na década de 1970, fez parte do Movimento Artístico Universitário (MAU), ao lado dos velhos amigos Paulo Emílio e Gonzaguinha, além de Aldir Blanc e Ivan Lins, entre outros. O MAU, que no início se resumia a reuniões na casa do psiquiatra Aluízio Porto Carreiro de Miranda e sua mulher, Maria Ruth, na Tijuca, com o tempo ganhou destaque em festivais de música e teve seus integrantes contratados pela TV Globo.
Na década de 1980, lançou os LPs Marcio Proença (1981), com a participação de Lucinha Lins, Aldir Blanc e Gonzaguinha, e Eterno diálogo(1984), este último com a participação de Lucinha Lins e Nana Caymmi. Em 2004, gravou pelo selo Niterói Discos, o CD Facho de Luz, produzido por João Carlos Carino. O disco contou com a participação de Leila Pinheiro, Simone Guimarães, Paulo César Pinheiro, Guinga, Ivor Lancellotti e Beth Carvalho, além de José Luiz Lopes, seu parceiro em todas as composições do disco. Dez anos depois, o artista lançou, no Teatro Municipal de Niterói, o álbum Retrato Cantado.
Para Aldir Blanc, “Márcio era o legítimo compositor popular, coisa que muito moleque com verba e campanha publicitária tenta, mas não emplaca. Enquanto houver um dancing, alguém pelo golpe dos vinte, enquanto houver saudade, saideira e uma mijada na árvore de madrugada, enquanto a mentira de um esbarrar na sinceridade do outro, enquanto alguém pedir a guimba, enquanto houver um garçom apagando a luz e a possibilidade de uma cena de sangue, enquanto houver garrafa, enquanto houver barril, enquanto houver paixão, um copo e uma dor intensa, vale a rima, alguém há de cantar Márcio Proença”.
Serviço:
Homenagem a Márcio Proença
Exibição do documentário Retrato Cantado e show musical
Data: 28 de maio, domingo
Horário: 11h
Local: Solar do Jambeiro
Endereço: Rua Presidente Domiciano, 195, Ingá, Niterói
Telefone: (21) 2109-2222
Classificação: livre
ENTRADA FRANCA