Os LOBOS no Palco Niterói DiscosSucesso dos anos 60 e 70 e referência no cenário musical da cidade, a banda niteroiense “Os Lobos” se apresenta na edição do Palco Niterói Discos, do dia 12 de abril, às 20h, no Solar do Jambeiro.

Com um som que mescla o acústico e o elétrico, harmonias bem elaboradas, unidas a melodias marcantes, o Rythm and Blues e o Rock, a banda renasce sob a liderança do guitarrista Cássio Tucunduva, um de seus fundadores.

Qualquer pessoa que tenha vivido, mesmo que não intensamente, as noites dos anos 60 e 70 em Niterói, Rio, interior do Estado, sabe quem são “Os Lobos”, uma banda que implodiu alicerces, não se agarrou a versões, partiu para composições próprias, atravessou a Baia de Guanabara rumo ao Festival Internacional da Canção – com música do estreante Raul Seixas.

Citados em capítulos dos livros “Histórias secretas do rock brasileiro”, do jornalista Nélio Rodrigues e “Lindo Sonho Delirante”, de Bento Araújo, como um dos 100 discos psicodélicos do Brasil, a banda ainda participou de trilhas de novelas e filmes, como o recente “1972”, de Ana Maria Bahiana e José Emílio Rondeau, com a música “Miragem”.

Para o show no Solar do Jambeiro, Cássio convocou Fred Vasconcelos da formação original (teclados e vocal), Tavinho Torreão da banda Colorado Country (violão e voz), João Carlos Pinaud da banda Baggagem (baixo e voz) e Rodrigo Mattos (bateria), para reviverem o som inconfundível de Os Lobos, mesclando seus sucessos com hits do repertório pop/rock nacional e internacional.

Sobre a banda “OS LOBOS”

Tudo começou no fim dos psicodélicos anos 70, quando “Fanny” (de Dalto e Claudio Rabello), na voz de Antonio Quintella, ficou em primeiro lugar durante meses em rádios como Tamoio, Globo, Mundial e foi muito tocada pelo lendário Big Boy. O tecladista Fábio Motta conhecia muita gente nas rádios, o que abriu alguns caminhos. A canção acompanhava ‘Cabine Classe A’ (de Dalto e Claudio Rabello), na voz de Dalto, no primeiro compacto gravado pelo grupo em 1969.

Nesses tempos, passaram pela banda, além de Cássio, Quintella e Motta, Dalto, Cristina Tucunduva, Luizinho Batera, Roberto Gomes, Fred Vasconcellos, entre outros.

Influenciado pelos Beatles e por Jimi Hendrix, o grupo gravou em 1970 o LP, “Miragem”, disco que traz clássicos como “Santa Teresa” (de Luiz Carlos Sá), “Avenida Central” (de Paulinho Machado), “Carro Branco”, e a sensacional “Miragem”, preferida pelo pessoal do underground.

Em 1972, Os Lobos foram participar do Festival Internacional da Canção. Carlinhos Garcez era muito ligado à produção do Festival e soube que o Raul Seixas procurava um intérprete para “Eu sou eu, Nicuri é o Diabo”. A Som Livre acabou, então, contratando “Os Lobos”, que gravaram “Nicuri”, além de “Let Me Sing”.

Sucessivas mudanças de integrantes acabaram interferindo diretamente no som dos Lobos. A banda não ficou dois anos com os mesmos integrantes. Sempre saíam dois ou três até o final, em 1977. A turma só voltou a se reencontrar em 1991 para gravar o LP pela Niterói Discos (selo da Fundação de Arte de Niterói). Na gravação, o grupo era formado por Cássio Tucunduva (guitarras, violão, vocais), Antônio Quintella (vocal e violão), Cristina Tucunduva (voz), Luiz Sanchez (bateria), Lourenço (baixo), Alberto Barreira (sax) e Fred Vasconcelos (teclados).

Em 2013, Cássio e Antônio Quintela reuniram a banda para um histórico show “De Volta à Estrada”, no Teatro Municipal de Niterói, quando foram acompanhados por Denise Pinaud (voz), Rogério Fernandes (contrabaixo) Danielli Espinoso (teclado) e Francesco Nizzardelli (bateria).

Serviço:
“Os Lobos”, no Palco Niterói Discos
Data: 12 de abril de 2017, quarta-feira
Horário: 20h
Local: Solar do Jambeiro
Endereço: Rua Presidente Domiciano, 195 – São Domingos, Niterói
Telefone: (21) 2109-2222
Entrada franca
Classificação: Livre
Fotos/crédito: Leo Zulluh

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